ninguém falou que seria fácil < 2011 >


nobody said it would be easy

 

Em cena, uma discussão de casal inicia um vertiginoso jogo de troca de papéis. Um homem se torna pai mas não quer deixar o colo da mãe, uma filha argumenta racionalmente sobre as razões para não largar a chupeta, irmãos disputam comida, espaço e carinho. Recriando os embates violentos e delicados que nos acompanham desde o pátio do jardim de infância, Ninguém falou que seria fácil traz as relações familiares para o centro da arena. O quanto ainda temos da criança que fomos um dia? O que nos motiva a sair de casa e virar adultos? Como aprendemos a dividir e conviver com os outros? Por que você tem que sair para trabalhar? Por que as marmotas hibernam?
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A couple’s argument starts a vertiginous game of roles exchange. A man becomes a father but does not want to leave his mother's lap, a daughter rationally argues about the reasons for not abandoning the pacifier, bothers fight for food, space and affection. By recreating the violent and delicate confrontments that we experienced since the kindergarten, Nobody said it would be easy brings the family relations to the center of the arena. How much do we still have of the child we once were? What impels us to leave home and became adults? Why do you have to go to work? Why do groundhogs hibernate? With humour and playfulness reminiscent of Monty Python, the Foguetes Maravilha deconstruct and reconstruct theatrical conventions in search of narrative freedom.

equipe > crew

texto e codireção > text and codirection Felipe Rocha
direção > direction Alex Cassal
elenco > performance Felipe Rocha, Renato Linhares, Stella Rabello
intérpretes convidadxs > guest performers Alice Ripoll, Emanuel Aragão
assistência de direção > assistant director Ignacio Aldunate
direção de movimento > choreography Alice Ripoll
colaboração na criação > collaboration Marina Provenzzano
iluminação > light design Tomás Ribas
cenário > set design Aurora dos Campos
trilha sonora > soundtrack Rodrigo Marçal
figurinos > costumes Antônio Medeiros
fotografias > photos Alex Ribeiro, Dalton Valério
direção de produção > management Tatiana Garcias
realização > production Foguetes Maravilha
apoio > supported by Centre International des Récollets
financiamento > funded by Secretaria do Estado de Cultura do Rio de Janeiro, FATE / Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro

estreia > opening

Teatro Municipal Maria Clara Machado > Rio de Janeiro BR > 2011


digressão > tour

Espaço Cultural Sérgio Porto - Projeto ENTRE > Rio de Janeiro BR > 2011
Teatro Gláucio Gil > Rio de Janeiro BR > 2011
Mostra Teatro na Contramão > Rio de Janeiro BR > 2011
FENTEPP Festival Nacional de Teatro > Presidente Prudente BR > 2011
Festival Cena Contemporânea > Brasília BR > 2011
Porto Alegre em Cena > Porto Alegre BR > 2011
FIAC Festival Internacional de Artes Cênicas > Salvador BR > 2011
Circuito Estadual das Artes > São João da Barra, Volta Redonda, Friburgo BR > 2011
Rota Gamboa > Rio de Janeiro BR > 2012
Galpão Cine-Horto > Belo Horizonte BR > 2012
Projeto Vértice > João Pessoa BR > 2012
Teatro Sesc Emiliano Queiroz > Fortaleza BR > 2012
Caixa Cultural > Curitiba BR > 2012
Teatro Sesc Prainha > Florianópolis BR > 2012
Mostra Sesc de Teatro > Passo Fundo BR > 2012
FIT Festival Internacional de Teatro > São José do Rio Preto BR > 2012
Teatro Maria Matos > Lisboa PT > 2012
Festival Materiais Diversos > Alcanena PT > 2012
Teatro Sesc Horto > Campo Grande BR > 2013
Festival Janeiro de Grandes Espetáculos > Recife BR > 2014
Teatro do Boi > Teresina BR > 2014
Teatro Alberto Maranhão > Natal BR > 2014
Caixa Cultural > Brasília BR > 2014
Ocupação Sesc Belenzinho > São Paulo BR > 2014
Festival de Inverno > Itabira BR > 2014
Caixa Cultural > Salvador BR > 2014
Festival OFF-Rio > Três Rios BR > 2014
Caixa Cultural > Recife BR > 2014
Mostra Panorama Petrobras > Rio de Janeiro BR > 2015
Espaço Cultural Sérgio Porto - Projeto ENTRE > Rio de Janeiro BR > 2018
Mostra Frente Teatro > Duque de Caxias BR > 2020


prêmios > awards

Prêmio Shell 2011 texto > text
Prêmio APTR Associação dos Produtores de Teatro 2011 texto > text
Prêmio Questão de Crítica 2011 texto > text


livro > book

Editora Cobogó > BR



Um momento privilegiado de teatro e razão para comemorações quando se fala da nova dramaturgia brasileira.

Bárbara Heliodora > Segundo Caderno > Rio de Janeiro BR

Felipe Rocha e Alex Cassal, com sua equipe de fazedores de teias, articulam a cena de um modo que dá ao espectador a sensação de que a peça está sempre sorrindo sutilmente pra ele, de que há sempre uma porta aberta pra ele entrar nessa construção.

Daniele Avila > Questão de Crítica > Rio de Janeiro BR

Valendo-se de uma dinâmica cênica em total sintonia com o material dramatúrgico, com permanente alternância de climas e abruptos cortes que surpreendem e encantam em igual medida, Cassal e Rocha exibem o mérito suplementar de haverem extraído ótimas atuações do elenco.

Lionel Fischer > crítico teatral > Rio de Janeiro BR

Ninguém falou que seria fácil já pode ser considerada um dos destaques deste ano por trazer uma crença absoluta no jogo entre os atores e na imaginação para dar conta da realidade.

Isabelle Barros > Diário de Pernambuco > Recife BR

Preste atenção na postura brechtiana dos atores, de contadores de histórias. Eles se entregam ao jogo cênico com paixão, porém com distância, sem pretender serem os tais personagens.

Gabriela Mellão > Revista Bravo! > São Paulo BR

Ninguém falou que seria fácil se afirma como consequência de integridade criativa que propõe uma dramaturgia viva, revitalizada, que incorpora a participação do espectador como personagem atuante desta lúdica exposição de flashes de vida.

Macksen Luiz > crítico teatral > Rio de Janeiro BR

Na cena tudo se move: cenário, luz, o corpo. As narrativas se amalgamam vertiginosas. Tudo se mexe. Capital volátil. Bonde sem freio. Em queda livre nesse espaço infinito. Rio, Brasil. Mundo. Nessa galáxia agora. Ninguém falou que seria fácil é uma peça libidinosa, etílica. Parabéns a turma toda. Escrevendo a cena do seu tempo.

Ricardo Chacal > poeta > Rio de Janeiro BR

Quando achamos que estamos perdidos, percebemos que nos pregaram mais uma peça e caímos na gargalhada. Eles trazem atuações tão cotidianas e tão despretensiosas que tudo acaba ganhando uma espontaneidade, uma leveza, uma fluidez onde os três, muitas vezes parecem um só.

Danilo Castro > Jornal O Povo > Fortaleza BR

Não parece pertinente falar aqui de 'dramaturgia fragmentada', dada a fluidez das passagens de uma cena para a outra, a pertinência dos cortes e inserções que vão nos conduzindo e nos levando, e a gente sente – mais do que sabe – que entendeu tudo.

Sandra Parra > crítica teatral > Londrina BR

Um texto genial resultou numa encenação sarcástica e labiríntica, mas simultaneamente divertida e envolvente. Contagiou o público e fez com que o sentimento, nem sempre fácil, de dominar o público se sentisse de forma clara.

Arnaldo Ventura > escritor > Alcanena PT

Tudo que o espetáculo enuncia leva ao jogo, ao diálogo com o outro. Tudo aquilo de que se sente falta: de pensar o ontem, de falar da inconstância, de pensar a linearidade como absurda no presente, da volatilidade das relações, da necessidade de não ser apenas um, de viver dentro de um único papel.

Luciana Garcia > jornalista > Porto Alegre BR

Um espetáculo que nos convida a experimentar uma nova maneira de ser espectador de teatro. Me senti testemunhando o estabelecimento de uma nova geração de diretores/atores/autores. Evoé!

Camila Pitanga > atriz > Rio de Janeiro BR

Acredito que estejamos diante de uma proposta realmente nova, uma máquina do tempo que não nos desloca, mas nos situa em diversas camadas entrelaçadas e simultâneas de memórias e afetos.

Caíque Botkay > compositor > Rio de Janeiro BR

Um triângulo, amoroso, de calcinhas e cuecas, investido de carinho possessivo, humor leve, breve e outras vezes cáustico ao caos nietzscheano. Exercício do ator e método, aparentemente despretensioso, para assegurar pretensão e ousadia cênicas que nunca descuidam da geografia dramática para dramas e comédias redundantes de propósitos da arte do fingimento, com práxis de convencimento inquestionável.

Maneco Nascimento > Cena de Placar > Teresina BR

Vou assistindo, um a um, as dezenas de dvds que chegam à curadoria do festival. Vibro quando um deles captura a minha atenção. E foi exatamente o que aconteceu com o registro do ensaio deste espetáculo surpreendente, que me obrigou a ver mais de uma vez o material enviado. Recomendo com entusiasmo.

Luciano Alabarse > Festival POA em Cena > Porto Alegre BR

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