horses hotel < 2013 >


 

Meu corpo está trovoando, relampejando, uma orquestra, o crescendo, o silêncio, os teus olhos vermelhos, as minhas flores vermelhas, minhas plantas carnívoras, minhas begônias, eu te ofereço, eu te entrego, meu útero, minha vênus, minhas vísceras, meu ânus, meu bônus, meu vazio, minhas vastidões, meus mares interiores, minhas vinte mil éguas submarinas, meu cavalo-marinho no céu, me cavalga, me navega, enfuna minhas velas, queima meus navios, acende o meu pavio, me decola, me leva, me toca, me pilota, eu estou voando com você, estou acesa, eu sou um balão de gás, eu sou uma satélite de amor, satélite de amor, satélite, eu sou um jato, eu sou um kamikaze, eu sou um avião em chamas, estou respirando fogo, suando fogo, estou voando, estou subindo, minhas asas estão abertas, meus joelhos estão abertos para o sol, e ele está absolutamente pronto para me incendiar, estou vendo o mundo de cabeça pra baixo, estou explodindo, estou desintegrando, estou caindo no deserto.
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My body is thundering, lightning, an orchestra, the crescendo, the silence, your red eyes, my red flowers, my carnivorous plants, my begonias, I offer you, I give you, my womb, my Venus, my viscera, my anus, my bonus, my emptiness, my vastness, my inner seas, my twenty thousand leagues under the mares, my sea-horse in the sky, ride me, navigate me, furl my sails, burn my ships, light my fuse, take off, carry me, touch me, fly me, I'm flying with you, I'm alight, I'm a gas balloon, I'm a satellite of love, satellite of love, satellite, I'm a jet, I'm a kamikaze, I'm a burning plane, I'm breathing fire, sweating fire, I'm flying, I'm soaring, my wings are spread, my knees are spread to the sun, and it's absolutely ready to set me on fire, I'm seeing the world upside down, I'm exploding, I'm disintegrating, I'm falling into the desert.

equipe > crew

dramaturgia > dramaturgy Alex Cassal
direção > direction Alex Cassal, Clara Kutner
elenco > performance Ana Kutner, Emanuel Aragão, Renato Linhares, Roberto Souza
intérpretes convidados > guest performers Alcemar Vieira, Gui Stutz, Pedro Rocha
assistência de direção > assistant director Marina Provenzzano
direção musical > musical direction Amora Pêra, Paula Leal
direção de movimento > choreography Alice Ripoll
espaço cênico > set design Guga Feijó
figurinos > costumes Antônio Medeiros
desenho de luz > light design Renato Machado
fotografias > photos Felipe Lima, Elenize Dezgeniski
direção de produção > management Ana Kutner
produção > production AKutner Produções e Eventos
financiamento > funded by Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, Oi Futuro

 

estreia > opening

Festival de Teatro de Curitiba > Curitiba BR > 2013


digressão > tour

Oi Futuro Flamengo > Rio de Janeiro BR > 2013
Mostra Teatro na Contramão > Rio de Janeiro BR > 2013
Teatro Poeirinha > Rio de Janeiro BR > 2014
Caixa Cultural > Rio de Janeiro BR > 2015
Caixa Cultural > Curitiba BR > 2016



trailer

Com performances viscerais, Horses Hotel faz uma louca homenagem ao movimento punk.

Andréia Castro > Jornal de Brasília > Brasília BR

Sem a menor dúvida, Horses Hotel é um dos melhores espetáculos da atual temporada.

Lionel Fischer > crítico teatral > Rio de Janeiro BR

Um trabalho que caminha na contramão da caretice que anda a solta por aí.

Ciro Barcellos > Dzi Croquettes > Rio de Janeiro BR

Um dos espetáculos mais instigantes e que está agitando a cena cultural carioca.

Sonielson Sousa > Jornal O Girassol > Rio de Janeiro BR

A cena final, o número em que Ana Kutner interpreta a canção Horses é singela na sua força, autêntica na formatação de um lugar marcado no imaginário coletivo, é poética na sua narrativa, é tragicômica e corajosa porque constitui uma homenagem a heróis de um tempo de liberação, tantas vezes sagrados e cultuados.

Dani Balbi > Pipoca Gigante > Rio de Janeiro BR

Horses Hotel é um acontecimento! Libertário e poético como não vejo há tempo no palco. O texto é provocante e sua direção é vigorosa e dá vontade de entrar no jogo. Ana é um tsunami e todos estão explosivos em cena. É rock and roll e um tapa na caretice reinante!

Orã Figueiredo > ator > Rio de Janeiro BR

Se os limites da arte estão no plano da ação sensível (se apaixonar, acordar, fumar, ver, fazer amor), a questão é: como fazer arte? Ou: o que é arte? A solução da peça sugere um atravessamento.

Patrick Bange > Viso Cadernos de Estética Aplicada > Rio de Janeiro BR

A peça segue com uma verve essencialmente underground deliciosa. Possui todos os elementos para arrebatar a platéia: personagens carismáticos interpretados por bons atores, cenário despojado que propõe intimidade, o Desejo e os mais diversos arranjos afetivos como parte do tema.

Anna Cintra > Ultraverso > Rio de Janeiro BR

Colchões na horizontal e na vertical dispostos pelo palco, fotografias de ídolos, um pequeno móvel com alguns birinigths e um velho retroprojetor a explorar, de vez em quando, transparências coloridas. Nesse ambiente de quarto de hotel, os personagens vivem trocando de roupa. E de situações. E de contextos... Há graça. Há poesia. Há drama.

Lorenzo Falcão > Tyrannus Melancholicus > Cuiabá BR

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