mundo maravilha < 2012 >


wonder world

 

Planejamos os ensaios de modo a poder criar a peça enquanto fazíamos uma travessia do oceano Atlântico a bordo de um pequeno veleiro que batizamos de Mundo Maravilha. Foram meses de rigorosa preparação, procura de financiamento, treino físico e psicológico. Dissemos adeus a todos os que amamos numa grande festa de despedida, prometendo que nos reencontraríamos na estreia do espetáculo, e o Mundo Maravilha zarpou do cais, rumo ao seu destino artístico. Foi uma aventura linda e teria dado um excelente espetáculo se, depois de quatro semanas à deriva, não tivéssemos naufragado e morrido todos.
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We are seven actors. Three Portuguese and four Brazilian. We have created this piece together during an artistic residency on a sailing boat called Wonder World. After 4 weeks of rehearsals, the boat wrecked in the middle of the Atlantic and we all drowned and died. Now, our ghosts go on stage to perform this piece that we created while sailing. The Portuguese theatre company Mundo Perfeito and their Brazilian colleagues in Foguetes Maravilha are known for challenging established dramaturgy on each side of the Atlantic Ocean, for freeing themselves from the supremacy of text and also for elevating its status.

equipe > crew

criação e interpretação > creation and performance Alex Cassal, Cláudia Gaiolas, Felipe Rocha, Paula Diogo, Renato Linhares, Stella Rabello, Tiago Rodrigues
desenho de luz > light design André Calado
fotografias > photos Magda Bizarro, Renato Mangolin
assistência de produção > assistant producer Rita Mendes
direção de produção > management Magda Bizarro
produção > production Mundo Perfeito
coprodução > coproduction Teatro Maria Matos, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, O Espaço do Tempo, BIT Teatergarasjen (NO)
apoio > supported by Festival Materiais Diversos, Alkantara


digressão > tour

Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura > Guimarães PT > 2012
O Espaço do Tempo > Montemor-o-Novo PT > 2012
Festival Dois Pontos > Rio de Janeiro BR > 2013
Ocupação MIRADA Sesc Belenzinho > São Paulo BR > 2013
Festival METEOR > Bergen NO > 2013



A viagem íntima acontece numa espécie de inversão de escala, chamando a atenção para a riqueza da pequena dimensão. Ao invés de se descrever a travessia épica dos grandes navegadores, os grandes feitos que marcaram a História portuguesa e a brasileira, antes se mostra como os objetos mais simples também contêm e contam outras histórias, mais pessoais, mais íntimas.

Rita Xavier Monteiro > Mais Crítica > Lisboa PT

O frescor se revela na linguagem, que passeia por registros de vários gêneros teatrais sem se ater a nenhum, e nos experimentos de construção cênica.

Maria Fernanda Vomero > Revista Época > São Paulo BR

Essa é a singularidade de sentidos da peça – justamente, proliferar na abundância do fracasso, do ocaso, do transitório e do imperfeito. Daí a melancolia, sempre em produção, daí a insistência em se deslocar e parar um tempo em certas coisas que parecem desajustadas e, mais ainda, a insistência em criar um regime entre a crença e o fracasso, apontando maravilhas no lugar comum do andar, falar, sorrir, todos como gestos de um espetacular cínico, mas cheio de humor. Sim, é uma peça inteligente e por isso mesmo afetiva.

Dinah Cesare > Questão de Crítica > Rio de Janeiro RJ

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