otro (or) weknowitsallornothing < 2010 >


 

O ponto de partida para este projeto foi a observação e interação com o espaço urbano, através das esferas pública e privada. Quem é o outro? Eu posso tocá-lo? Posso trazê-lo comigo? A que distância o outro está de mim? Pessoas em pontos de ônibus, em bares, cemitérios, escritórios, nas ruas, em suas casas ou em lugares como João Pessoa, Taquara, Bélgica, Niterói, Japão. Entre encontros e embates, a busca do outro percorre territórios de ludicidade e radicalidade.
>
The Coletivo Improviso, headed by Enrique Diaz and Christina Moura, has explored issues of urban spatiality and the place of theater in society. Their new work reflects on the dialectics between the self and the other. They invented stories and characters out of documents, objects and testimonies collected from familiar or unknown persons.

equipe > crew

dramaturgia e direção > dramaturgy and direction Cristina Moura, Enrique Diaz
concepção > concept Enrique Diaz
elenco > performance Cristina Moura, Denise Stutz, Daniela Fortes, Enrique Diaz, Felipe Rocha, Lucas Marcier, Raquel Rocha, Renato Linhares, Thierry Tremouroux
colaboração na dramaturgia > collaboration at the dramaturgy Alex Cassal
fotografias > photos Renato Mangolin, Estúdio Radiográfico
produção > management Enrique Diaz, Machenka Produções Artísticas
realização > production Coletivo Improviso
financiamento > funded by Kunstenfestivaldesarts, Hellerau European Center for the Arts, Wiener Festwochen, La Ferme du Buisson, Le Maillon Théâtre de Strasbourg, Tempo Festival, Funarte

estreia > opening

Espaço Cultural Sérgio Porto - Projeto ENTRE > Rio de Janeiro BR > 2010


digressão > tour

Tempo Festival > Rio de Janeiro BR > 2010
FIT Festival Internacional de Teatro > São José do Rio Preto BR > 2010
Mostra Sesc das Artes > São Paulo BR > 2010
Kunsten Festival Des Arts > Bruxelas BE > 2010
Hellerau European Center for the Art > Dresden DE > 2010
Vienna Festival > Viena AT > 2010
Spring Arts Festival > Shizuoka JP > 2010
Zürcher Theater Spektakel > Zurique SZ > 2010
Noordezon Perfoming Arts Festival > Groningen NL > 2010
Festival Temps d’Image - Ferme du Buisson > Paris FR > 2010
Festival d'Automne > Paris FR > 2010
VIE scena contemporanea festival > Modena IT > 2010
Thalia Lessingtage > Hamburg DE > 2011
Le-Maillon Théâtre > Strasbourg FR > 2011
Sesc Pompeia > São Paulo BR > 2011
Projeto Vértice - Teatro Santa Roza > João Pessoa BR > 2012



Os atores percorrem esse labirinto de contatos possíveis através da tênue fresta de luminosidade que o desejo de compreender o que acontece, no teatro e fora dele, nos invade nestes tempos barulhentos.

Macksen Luiz > Jornal do Brasil > Rio de Janeiro BR

The actors go through this labyrinth of possible contacts through the tenuous gleam of luminosity that the desire to understand what happens, in the theater and outside of it, invades us in these noisy times.

Partindo de uma espécie de investigação filmada - a viagem urbana de várias personagens capturadas quando acordam - Enrique Diaz e Cristina Moura criam um retrato da sua cidade (Rio), uma radiografia de um grupo (os seus intérpretes) e uma reflexão sobre a identidade.

René Solis > Libération > Paris FR

Partant d’une sorte d’enquête filmée – le trajet urbain de plusieurs personnages saisis à leur réveil – Enrique Diaz et Cristina Moura accouchent à la fois d’un portrait de leur ville (Rio), d’une radiographie de groupe (leurs interprètes) et d’une réflexion sur l’identité.

Uma dramaturgia caleidoscópica, flexível, reflexiva, engraçada e diabolicamente sedutora. Otro é uma combinação de deriva observacional e autoficção, de viagem evocada ou figurativa, de extrapolação lúdica, de colagem, de mistura, de mise en abyme (e a sua fantástica ilustração em fotos embutidas), do movimento que é a própria arte. Adorável.

Marie Baudet > Lalibre > Bruxelas BE

Une dramaturgie kaléidoscopique, souple, réflexive, drôle, diablement séduisante. Otro tient de la flânerie observatrice et de l’autofiction, du voyage évoqué ou figuré, de l’extrapolation ludique, du collage, du mixage, de la mise en abyme (et sa fantastique illustration en photos enchâssées), du mouvement qu’est l’art lui-même. Attachant.

O espetáculo acolhe o espectador com calor e generosidade, faz com que ele vá de encontro a uma exposição enérgica e ricamente texturizada da fragmentação e da confusão humanas, para deixar a todos com uma profunda sensação de que tudo está conectado. Cada indivíduo também é uma molécula numa entidade vasta, orgânica e cósmica.

Jackie Fletcher > The British Theatre Guide > Londres UK

It draws one in with warmth and generosity, tumbles you through an energetic and richly-textured display of human fragmentation and disarray, to leave one with a profound sense that everything is connected. Every individual is also a molecule in a vast, organic and cosmic entity.

Fiquei desorientado. Ri e chorei muito. Percebi, como um cego no meio do tiroteio, a marca desse tempo sujeito a todas as tempestades. Não mais as grandes narrativas, chiclete abissal que te espanca agora em 3D. Mas as mínimas histórias, pequenas narrativas pessoais ou sobre outros, tão sem importância como nós.

Ricardo Chacal > poeta > Rio de Janeiro BR

I was disoriented. I laughed and cried a lot. I realized, like a blind man in the middle of a gunfight, the mark of this time subject to all storms. No longer the grand narratives, abyssal gum that now beats you up in 3D. But the minimal stories, small personal narratives or about others, as unimportant as we are.

A peça termina com a dança de shiva, dança da transformação, como a dizer que talvez o que é próprio desses encontros com o outro é justamente esse eterno movimento de afetação de fluxos de pessoas e coisas.

Fernando Gonçalves > pesquisador > Rio de Janeiro BR

The play ends with the shiva dance, the dance of transformation, as if to say that perhaps what is characteristic of these encounters with the other is precisely this eternal movement of affecting flows of people and things.

Anterior
Anterior

hotel lutecia

Próximo
Próximo

pequeno inventário de lugares-comuns